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Perdi-te! De tão profundo que foi este meu não querer, só me encontrei no teu adeus. Esqueci-me de ti nas pequenas e grandes coisas, nessa solidão estúpida em que sou sombra do teu sonho. Fiz de errante ilusão a razão da minha invisibilidade. Não duraste! Nada dura em mim mais que o fácil com a duração do pouco. Na pele suam todos os silêncios de vozes que não me pertencem. De dia sou nulidade, de noite não sou de um lugar nem de outro. E no resto do tempo vivo tentando chegar às margens de ti. Como não te posso esperar, se todo o meu tempo é saudade. Sem ti não sou palavra, nem poema, nem absolutamente nada que valha a pena. Como explicar-te! Que a tua ausência não cabe em mim. Que me dói o fim de um querer que permitiu a perda. Que só existo na metade da vida que não inventei. No púlpito da minha ignorância sou mero escravo de mãos ausentes. Não te valorizei e nos teus restos não encontro forma de ser sozinho. A minha solidão só em ti encontra adequada companhia. Nunca escutei nem conversei com os teus segredos. E sempre o meu egoísmo me exigiu ser parte deles. No que não te disse acabei por falar o que devia ter calado. Perdoa-me! A imperfeição de ter vivido para a minha criação e não para mim. Que se eu fui assim planeado quero o resto de mim que caiba no teu sonho. Não posso lembrar-me do que esqueci mas todos os sonhos falam de ti. Quero uma nova história, uma oportunidade num novo tempo. Deposito na esperança do perdão a minha única glória. E se no que agora desejo vires valor, esquece-me a mim, o melhor de mim só existe fora da minha vontade. Agora sou do tamanho que me quiseres dar e que em mim consigas ver. Mas consente-me este desejo do recomeço, porque nada mais me resta do fracasso. E se este humilde grito não te trouxer de volta, que o que de mim em ti reste, por inteiro assim o guardes. Porque se todas as vozes me levam ao caos da culpa, todas as outras se calam porque de mim nunca partistes. 16/01/2015

Placido De Oliveira

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